O cultivo de maracujá em estufa tem se
mostrado uma alternativa para produção e principalmente para a rotação
de culturas com hortaliças. Os primeiros resultados das primeiras
estufas e produção da fruta em estufa no Distrito Federal foram bastante
animadores. Já na primeira floração aos 6 meses após o plantio, já se
pode contar com mais de 1 saco de 12 quilogramas por planta e a
expectativa é de que a longevidade da planta aumente para 5 anos.Veja
algumas imagens:
CULTURA DO MARACUJÁ – “INFORMAÇÕES BÁSICAS DE CULTIVO”
Geraldo Magela Gontijo
Geraldo Magela Gontijo
Introdução
O Brasil é maior produtor e consumidor
mundial de maracujá. Essa cultura se desenvolve bem nas condições de
cerrado e o mercado consumidor vem aumentando a cada ano. No Núcleo
Rural Pipiripau, Região Administrativa de Planaltina-DF está sendo
iniciado o cultivo em espaçamento adensado e em estufas. A tecnologia
para o cultivo em estufas é a mesma usada em campo aberto, sendo
imprescindível a polinização manual, já que o ambiente interno das
estufas não é propício para o aparecimento de insetos polinizadores,
porém apresenta vantagens, como melhor sanidade das plantas, maior
vigor, melhor qualidade de frutos ( frutos brilhantes) e redução no uso
de agrotóxicos.
Escolha do LocalO
maracujá é uma planta de clima tropical, por isso tem se adaptado bem às
condições do Distrito Federal. Os solos mais indicados para essa
cultura são os areno-argilosos ou levemente argilosos e bem drenados,
para que não haja problemas com doenças de raízes. Chuvas intensas e
prolongadas podem causar diminuição na produtividade, devido ao baixo
pegamento de fruto.
Escolha da Mudas
As mudas podem ser produzidas na propriedade, em bandejas de isopor de 72 células, tubetes, ou em sacos de polietileno feitos com dimensões de no mínimo 10 cm de diâmetro de boca e 15 a 20 cm de comprimento ou adquiridas de viveiristas idôneos.
As mudas podem ser produzidas na propriedade, em bandejas de isopor de 72 células, tubetes, ou em sacos de polietileno feitos com dimensões de no mínimo 10 cm de diâmetro de boca e 15 a 20 cm de comprimento ou adquiridas de viveiristas idôneos.
VariedadesAs
principais variedades cultivadas são: Híbridos BRS Ouro Vermelho, BRS
Sol do Cerrado e BRS Gigante amarelo, FB – 100, FB 200 e Marília.
Correção e Preparo do Solo
A correção do solo deve ser feita de acordo com a análise de solo. O corretivo dever ser incorporado através de uma aração e uma gradagem.
Correção e Preparo do Solo
A correção do solo deve ser feita de acordo com a análise de solo. O corretivo dever ser incorporado através de uma aração e uma gradagem.
Espaçamento
O espaçamento tradicional pode variar de 4 a 5 metros entre plantas e de no mínimo 2,5 a 3 metros entre fileiras, contudo, na região tem se plantado em espaçamentos mais adensados com 1,5 a 2,0 metros entre plantas e de 1,8 a 3,0 metros entre fileiras, o que aumenta a produtividade e traz algumas vantagens para o agricultor, tais como:
- Maior produção por área,
- Concentração da safra (menor risco),
- Rotação de culturas com hortaliças
- Melhor aproveitamento da mão de obra
- Facilidade na polinização
- Menor prejuízo com morte de plantas
Figura 1 - Maracujá com espaçamento adensado de 1,8 por 1,5 metros.
O espaçamento tradicional pode variar de 4 a 5 metros entre plantas e de no mínimo 2,5 a 3 metros entre fileiras, contudo, na região tem se plantado em espaçamentos mais adensados com 1,5 a 2,0 metros entre plantas e de 1,8 a 3,0 metros entre fileiras, o que aumenta a produtividade e traz algumas vantagens para o agricultor, tais como:
- Maior produção por área,
- Concentração da safra (menor risco),
- Rotação de culturas com hortaliças
- Melhor aproveitamento da mão de obra
- Facilidade na polinização
- Menor prejuízo com morte de plantas
Figura 1 - Maracujá com espaçamento adensado de 1,8 por 1,5 metros.
Sistema de Condução
O sistema de condução mais utilizado é o de espaldeira. Pode ser usada madeira de eucalipto tratado, sendo que os esticadores devem ter 14 a 16 cm de diâmetro e as estacas intermediárias 6 a 8 cm, e o arame galvanizado n° 12 deve ficar com 1,7 a 2,0 metros de altura do solo e a madeira deve ser fincada a uma profundidade de 0,7 a 1 metro. A distância mínima entre mourões deve ser de 30 metros, e entre as estacas, de 5 metros
Figura 2 - Espaldeira
Abertura de covas
Devem ser feitas covas com 40cm de largura x 40 cm de comprimento x 40 cm de profundidade.
O sistema de condução mais utilizado é o de espaldeira. Pode ser usada madeira de eucalipto tratado, sendo que os esticadores devem ter 14 a 16 cm de diâmetro e as estacas intermediárias 6 a 8 cm, e o arame galvanizado n° 12 deve ficar com 1,7 a 2,0 metros de altura do solo e a madeira deve ser fincada a uma profundidade de 0,7 a 1 metro. A distância mínima entre mourões deve ser de 30 metros, e entre as estacas, de 5 metros
Figura 2 - Espaldeira
Abertura de covas
Devem ser feitas covas com 40cm de largura x 40 cm de comprimento x 40 cm de profundidade.
Adubação de plantioA
adubação deve ser feita 30 a 60 dias antes do plantio e de acordo com
resultado de análise de solo. Na falta da análise de solo, pode ser
usado:
- 05 a 10 litros de esterco de curral ou o equivalente em cama de frango;
- 200 g de calcário dolomítico;
- 01 kg de superfosfato simples;
-100 g de cloreto de potássio;
- 30 g de FTE - BR-12;
Adubação de Cobertura
- Aos 20 dias após o plantio;
.10 gramas do adubo 20-00-20
- Aos 40 dias após o plantio:
. 20 gramas do adubo 20-00-20;
- Aos 60 dias após o plantio:
. 40 gramas do adubo 20-00-20;
- Aos 90 dias após o plantio:
. 60 gramas do adubo 20-00-20;
- Após 120 dias após o plantio:
. 100 gramas de sulfato de amônio e
50 gramas de cloreto de potássio a cada 45 dias.
Adubação Foliar
Para suprir eventuais deficiências de micronutrientes recomenda-se fazer 3 a 4 aplicações anuais com 300 gramas de sulfato de zinco,100 gramas de ácido bórico e 500 gramas de uréia por 100 litros d’agua.
- 05 a 10 litros de esterco de curral ou o equivalente em cama de frango;
- 200 g de calcário dolomítico;
- 01 kg de superfosfato simples;
-100 g de cloreto de potássio;
- 30 g de FTE - BR-12;
Adubação de Cobertura
- Aos 20 dias após o plantio;
.10 gramas do adubo 20-00-20
- Aos 40 dias após o plantio:
. 20 gramas do adubo 20-00-20;
- Aos 60 dias após o plantio:
. 40 gramas do adubo 20-00-20;
- Aos 90 dias após o plantio:
. 60 gramas do adubo 20-00-20;
- Após 120 dias após o plantio:
. 100 gramas de sulfato de amônio e
50 gramas de cloreto de potássio a cada 45 dias.
Adubação Foliar
Para suprir eventuais deficiências de micronutrientes recomenda-se fazer 3 a 4 aplicações anuais com 300 gramas de sulfato de zinco,100 gramas de ácido bórico e 500 gramas de uréia por 100 litros d’agua.
Fertirrigação
Caso seja irrigado por gotejamento, pode-se substituir a adubação de cobertura pela fertirrigação. Neste caso pode-se usar 12,5 gramas de uréia e 12,5 gramas de cloreto de potássio branco moído por planta por semana durante todo o ano. Sempre após esta aplicação deve-se aplicar 5 gramas de ácido fosfórico por planta para fornecer fósforo à planta e fazer a limpeza do sistema.
Podas de Formação
Logo após o plantio, deve-se apenas deixar a guia principal se desenvolver eliminando outras brotações periodicamente, quando o ramo principal alcançar o arame é feito a poda, deixando um ramo secundário para cada lado do arame. Quando as guias secundárias encontram as guias das plantas vizinhas é feito uma nova poda para que os ramos terciários se desenvolvam, formando assim a cortina, conforme figura 3. Quando a cortina estiver a 30 ou 40 centímetros do solo esta deve ser podada para evitar que toque no solo.
Figura 3 – Formação da cortina.
Caso seja irrigado por gotejamento, pode-se substituir a adubação de cobertura pela fertirrigação. Neste caso pode-se usar 12,5 gramas de uréia e 12,5 gramas de cloreto de potássio branco moído por planta por semana durante todo o ano. Sempre após esta aplicação deve-se aplicar 5 gramas de ácido fosfórico por planta para fornecer fósforo à planta e fazer a limpeza do sistema.
Podas de Formação
Logo após o plantio, deve-se apenas deixar a guia principal se desenvolver eliminando outras brotações periodicamente, quando o ramo principal alcançar o arame é feito a poda, deixando um ramo secundário para cada lado do arame. Quando as guias secundárias encontram as guias das plantas vizinhas é feito uma nova poda para que os ramos terciários se desenvolvam, formando assim a cortina, conforme figura 3. Quando a cortina estiver a 30 ou 40 centímetros do solo esta deve ser podada para evitar que toque no solo.
Figura 3 – Formação da cortina.
Polinização
A polinização é feita principalmente pelas mamangavas, ou pode ser feita manualmente, o que aumenta significativamente o pegamento de frutos e consequentemente a produtividade. Nos cultivos em estufa toda a polinização deve ser feita manualmente. A polinização é feita pegando o pólen nas anteras de uma flor com os dedos e passando nos estigmas de uma flor de outra planta.
Figura 4 – Coleta do pólen Figura 5 – Polinização
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